Capítulo 5: The Same Destiny?
Cameron e eu voltamos para a barraca, ele acendeu a
fogueira e nos sentamos em volta dela.
– Agora vai me dizer por que não quis que eu Ajudasse
Emma? – perguntei.
Cameron
assentiu.
– Bom, minha vó, há muito tempo mesmo... Era meio que
igual a você.
– Meio como?
– Meio do tipo que ela ajudava espíritos que não
conseguiram encontrar a luz.
– E?
– E ela sofreu com isso – disse Cameron olhando para mim com
pena –, Minha vó sempre me disse para não confiar muito nas pessoas daqui
porque, dito por ela, todos estão fugindo do passado ou veio começar um futuro
sujo.
“Ela disse que
todos que moram aqui, são maus. Sempre tem um passado sujo, ou querem fazer um
futuro sujo. Essa cidade é como um meio de fugir disso tudo. Por que Skygrooove
é muito pouco conhecida, e esse é o motivo de eles virem para cá.
Eles procuram
a cidade mais isolada do planeta apenas para fugir. E então eles encontram
Skygrooove.
Skygroove é
uma cidade amaldiçoada, dito por minha vó. Como você, assim que pisou na
cidade, ela viu coisas estranhas e teve muitos pedidos de ajuda de pessoas
mortas. Eles foram todos mortos por pessoas dessa cidade que fazem isso e não
são culpados. A Cidade não ganha muita importância no crime, à polícia sempre
se importa com as cidades maiores, e então aqui o crime acontece bem debaixo
dos narizes deles, mas mesmo assim, eles não se importam. Minha vó achou isso
bastante injusto e então começou á ajudá-los. Ela fez várias almas irem,
finalmente, para a luz. Mas a cada problema que ela resolvia, mais aparecia.
Eles nunca paravam de perturbá-la e então ela se suicidou uns cinco anos atrás.
Ela sempre achava morte uma atrás das outras e então percebeu que, mesmo que a
cidade não tem tanto tempo que existe, existiram muitos casos horríveis.”
– Você está querendo me dizer que toda vez que sua vó
resolvia os casos, apareciam outros? E eles nunca a deixaram em paz? – pergunto
com a voz tremula.
– Exato. E é por isso que eu não queria que você tivesse
ajudado Emma. Se você pudesse me contar isso antes...
– Mas... Quero dizer – digo tentando achar as palavras
certas para falar – Você disse, uh, sua vó disse – acrescento rápido -, que as
pessoas só vêm aqui para fugir de algo, certo? – olho para Cameron e ele
balança a cabeça – E sobre o meu pai? Ele veio para cá pra fugir de algo?
Cameron me olha
com pena novamente.
– Eu não sei – responde ele –, talvez, mas eu não sei. –
será que meu pai realmente não é o que parece ser? – Talvez ele só queira ficar
em uma cidade afastada dos outros lugares apenas para ficar em paz. Talvez ele
ache que cidade grande é muita barulheira e que aqui é um bom lugar. Você
sabe... Calmo.
– É, talvez ele não tenha escolhido a cidade certa – digo
com a voz ainda tremula –, mas... por que seus pais, eu não sei, se mudaram para
cá?
– Isso não é óbvio? – disse ele me encarando – A família
é descendente do fundador da Cidade. Eles acham que é falta de respeito morar
em outro lugar.
– Então... Eles estão aqui para “plantar” seu futuro sujo
e não fugir do passado sujo? – pergunto.
– Bom, sim, talvez. Meu pai fez isso, mas não sei em
quanto ao resto.
– E o que eu faço agora? – pergunto tentando disfarçar o
medo em minha voz, mas acho que não adiantou.
– Se você fosse maior de idade e independente, você
poderia fugir daqui. Mas você mora com o seu pai. A única saída é a morte,
talvez. – disse Cameron triste.
Eu não sabia o
que dizer. A Morte é minha única saída? Então ou eu escolhia a morte ou eu
escolhia ajudar eles todos?
Minha
respiração começa a ficar mais pesada e eu não sinto mais meu corpo.
– Ei – disse Cameron se aproximando de mim – Vai ficar
tudo bem – disse ele colocando o braço em volta de mim.
Apoio minha
cabeça no seu ombro e ficamos lá parados um tempo.
Desculpe pelo capítulo curto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário