domingo, 3 de fevereiro de 2013

Capítulo 12 {Every end ends in Death?}


Capítulo 12: Every end ends in death?

Sento-me a mesa de jantar e começo a comer o meu miojo que tinha preparado. É claro que eu sei preparar outras coisas, porém estava sozinha na casa e não estava com fome. Só fiz porque precisava me alimentar.
Coloco o garfo em minha boca e eu ouço um barulho... Vindo do andar superior. Coloco o garfo de volta ao prato e presto mais atenção. O Barulho se repete e eu consigo ouvi-lo com mais clareza. Eram passos, passos apressado no segundo andar. Os passos eram firmes e fortes e muito, muito altos. Eu sei que estou sozinha em casa. Margaret continua em seu encontro com Tyler que está durando mais de 3 horas. Não recebi mensagens, chamadas, nada!
Os passos continuam, cada vez mais apressados. Penso em apenas me concentrar no miojo, não quero saber o que há no andar superior.

Quando estava na metade do meu miojo (os passos já pararam) escuto um choro, de uma garotinha, que no caso pode ser Elisa. O Choro era baixo e infeliz que chegava a dá pena. Logo o choro começou a ficar mais desesperado e comecei a ouvir gritos. Gritos de dor. Quando percebi meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu me sentia triste. Eu não sei por que estava me sentindo assim, não tinha nada demais para me fazer triste. Mas mesmo secando todas as lágrimas em meu rosto, elas continuavam a cair. Os gritos/choro pararam e a casa ficou em silêncio. Coloco o meu prato na pia, ainda na metade, porém perdi todo o apetite.
E agora, eu estava ouvindo alguém cantar. Cantava calmamente. Era o canto de Elisa, que de uma hora para a outra, estava cantando, cantando como nada tivesse ocorrido. O canto ecoava a todo canto da casa, sendo incapaz de saber de onde vinha. E ele continuava cada vez mais alto. As lágrimas que automaticamente caiam pararam, mas o canto não. Não era realmente irritante e poderia ser facilmente ignorado, ou não.
Ligo a TV e a deixo mais alto do que o canto de Elisa e ligou diretamente na TV local, onde passava outra matéria dos desaparecimentos de garotas da minha idade.
Falava de uma menina se chama Amélia que tinha desaparecido por volta da madrugada de ontem. Não presto muita atenção, estou preocupada com Margaret, são 22h45min agora e eu não recebi nenhuma notícia dela. Escuto meu celular e imediatamente o pego do meu lado ao sofá e eu fico desapontada quando vejo que é Cameron. É claro, eu o amo, porém estava muito preocupada com Margaret. Atendo o telefone e ouço alguém chorar. “Estamos recebendo outra notícia” consigo ouvir a repórter dizer na TV. Antes que eu possa dizer alô, uma voz reconhecível me interrompe:
– Anne? Anne... Eu acho que Margaret... – Diz Tyler chorando muito. “Parece que há uma nova vítima” ouço da TV – está morta.

Meus olhos estão brotando lágrimas mais do que estava antes, quando estava chorando sem motivo. “Anne?” escuto do outro lado do celular.
– Como é que você sabe? – digo sem emoção.
– Eu preciso de você aqui para explicar – disse ele chorando – Eu mandei Cameron te buscar, não consigo falar mais nada ao telefone.
   Em seguida ele desliga o telefone e eu consigo ouvir a buzina de Cameron. Vou à varanda e vejo o carro de Cameron estacionado à frente da varanda. Entro no carro e me sento ao banco do passageiro e fico olhando para baixo. Estou sentindo milhares de coisas. Culpa, desespero, raiva, tristeza e outros que não consigo definir. Cameron coloca a mão em meu ombro e eu esquecera que ele estava ali.
– Eu sinto muito – ele disse com a voz baixa.
  Eu apenas volto a olhar para baixo.

Cameron tentou puxar varias vezes conversas, porém ele percebeu que eu o não respondia e parou de tentar.  Eu acho que estava sendo um pouco grossa o ignorando, mas eu não tinha cabeça para nada, eu realmente não podia responder ninguém.
Olho para Cameron que está dando sua máxima atenção à estrada. Olho as suas mãos que estou segurando o volante, apesar de parecer que ele está segurando firme, eu consigo ver que as mãos dele estão tremendo.

Assim que estacionamos, saio apressada do carro e vou à direção de Tyler que estava do outro lado da rua em frente ao restaurante que levara  Margaret.
– Pra quê tanta pressa? – ouço Cameron apertando os passos para me alcançar atrás de mim. Eu apenas o ignoro.
   As estradas estavam desertas, e eu facilmente atravessei sem ter que esperar nenhum carro. Na frente do restaurante policias o cercaram e um deles estava falando com Tyler. Tyler estava chorando e assustado. Chego o perto de Tyler e sem pensar, começo a agredi-lo.
– Por quê? Por quê? – grito com lágrimas em meus olhos – Por que fez mal a Margaret?
  Cameron me agarra, para parar de socar Tyler no peito. Começo a chorar mais do que chorei em toda a minha vida.
– Eu não fiz nada! – se defende Tyler – Ela disse que ia falar com alguém e me disse para esperar. Ela não voltou, eu achei que ela tivesse fugido de mim, tentei ligar pra você, porém não sabia seu número. Então eu a procurei em todos os lados. E eu achei isso.
  Tyler mostra o celular de Margaret.
– Eu achei no chão das florestas para lá – ele aponta para o norte – eu fiquei desesperado. Então liguei para Cameron, pedindo ajuda.
  Depois de terminar de falar, paro de tentar fazer Cameron me soltar. Então as lágrimas simplesmente param. Eu estava com tanta raiva que não apontei para os fatos. Eu já vira o assassino antes, e o físico dele e de Tyler era diferente. Muito diferente.
Agora senti meus olhos queimarem por causa das lágrimas. Cameron finalmente me solta e eu caio de joelhos na grama rodeada ao restaurante. Tyler colocava a mãe na cabeça e andava de um lado para o outro, inquieto. O policial que estava com Tyler antes se aproxima e pergunta se Tyler achou alguma pista ou viu algo. Tyler apenas lhe entrega o celular de Margaret e o diz como o achou.
– Eu testemunhei algo! – grito sem perceber.
  O Policial olha chocado para mim e Cameron parece ter ficado mais pálido.
- O que você tem? – diz o policial para mim
– Uns dias atrás, eu estava caminhando na rua a madrugada, porque tivera insônia – digo mentindo a última parte – eu vi um cara, uns dois centímetros mais alto do que Tyler e ele usava um capuz preto. Ele parecia ter a idade do meu pai, que tem 45 anos e ele golpeou a cabeça de uma menina da minha idade. Não é muito, mas acho que ajuda bastante.
   O policial concorda e sai.

Entro no carro de Cameron, depois de muita discussão, Cameron me convenceu de ficar em sua casa, ele sabia que eu estava abalada e não queria que eu ficasse sozinha. Dito por ele mesmo, os pais deles foram á um lugar que planejaram há meses e só voltariam daqui dois dias.

Depois de muita estrada (Já que o restaurante que Tyler levara Margaret ficava quase na saída da cidade) finalmente chegamos a Casa de Cameron.

Cameron me guiou até o sofá da sala e beijou minha testa.
– Tudo vai ficar bem – disse ele me incentivando.
   Não saberia como as coisas iriam ficar bem. Ninguém tem uma pista sobre o assassino e nenhum corpo de todas as meninas que foram assassinadas foi achado. Porém, eu deveria ficar feliz com Cameron ao meu lado. Na verdade, eu estou.
– Cameron, obrigada. – eu digo.
   Cameron me abraça:
– Não precisa me agradecer, eu sou seu namorado, eu tenho que fazer essas coisas. – disse ele.
– Eu te amo. – digo a ele.
– Eu também me amo – ele brinca e eu dou um soco no seu braço. – Eu estou brincando. É claro que eu te amo, Anne.
  Cameron e eu nos aproximamos e eu já consigo sentir o calor de seus lábios. Ele me beija intensamente como nunca me beijara antes. Era um sentimento incrível e eu não conseguia descrever em palavras. Mas eu estava mal, mal pela Margaret, porém não consegui parar o beijo, era viciante. Mas uma voz, uma voz na minha cabeça me diz para eu abrir os olhos – as vozes eram minha, claro. – eu senti um grande impulso de abrir os olhos e eu fiz.
No primeiro segundo eu estava vendo o Colar de Margaret de coruja pendurado na estante da casa de Cameron e no outro eu senti uma dor atrás da minha cabeça fazendo-a latejar e tudo começara a ficar escuro até eu cair inconsciente. 

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