Capítulo 11: The First Date
- Não se preocupe – digo tentando confortá-la – Eles não
vão nos machucar. Nunca me machucaram.
- Eles?!? – disse Margaret
apavorada.
****
Margaret finalmente conseguiu pegar no sono, já que
fiquei gastando umas 2 horas só pra ela ficar tranquila para dormir. Eu não sei
como não pensei em dizer “É melhor você dormir ou você não vai ter tempo de se
arrumar para seu encontro com o Tyler e sem contar que vai ficar com olheiras.”
Antes. Teria me poupado bastante tempo. O importante é que ela finalmente
dormiu. Ela estava no quarto de hospedes ou como chamamos desde que chegamos aqui.
A Família tinha dois integrantes a mais do que a nossa, e como sobrara quarto, o
fizemos de quarto de hospedes.
Quando tinha caído em um sono profundo, acordo com um ruído.
Estava cansada demais para abrir os olhos, por isso fico acordada, mesmo que esteja
com os olhos fechados. Começo a me sentir observada e sei que tem alguém me
encarando em frente a minha cama. A coisa estava atrás de mim, já que estava
virada para a direita e o que for que seja, estava do lado direito, em pé. Abro
os olhos, mas não ouso olhar para trás. Incapaz de me mover fico observando o
canto direito do meu quarto, olhando fixamente para a janela, onde as cortinas
se esvoaçavam. Sinto uma sombra bem em cima de mim e tento pensar apenas em
pensamentos positivos. Como “Não se preocupe, pode ser só Margaret” ou “Não vai
fazer mal á você”. Nada adiantou. Estaria tremendo agora se conseguisse me
mover. Mas quando finalmente consigo, solto um berro e me cubro com o meu
cobertor. Eu senti... Eu senti que consegui me mover depois que a sombra e o
sentimento de ser observada sumiram. Tirei o cobertor de minha cabeça devagar,
ainda com bastante medo e me sentei à cama. Olhei para o lado esquerdo da minha
cama e como imaginei, não tinha ninguém lá. Dei um longo suspiro e me levantei.
Tinha que me certificar que Margaret estava bem. Mas quando pisei no chão, do
lado esquerdo da cama, senti algo pontiagudo furar meu pé. Era como se eu
tivesse pisado em um cacto no tamanho de uma joaninha, porém quando fui ver, vi
uma agulha no tamanho de um fósforo no chão. Pra qualquer um pode ser normal,
mas não aqui. Não tínhamos agulha em casa.
Quando acordei, não vi Margaret em sua cama, então desci
assustada. Vi alguns barulhos da cozinha e vi uma cena que nunca esperei
antes... Margaret cozinhando.
- Algum fantasma te possuiu? – digo brincando.
- Haha – ela sorriu sarcástica – tem muita coisa sobre
mim que você não sabe.
- Sério? – digo um pouco de raiva em minha voz – Eu te
conheço desde o Jardim de Infância!
Margaret pegou uma frigideira e bateu com
força no fogão. Ela ligou o fogo e jorrou o óleo, mas isso só fez que espirrasse
tudo nela.
- Ah! – ela deu um dos seus gritos agudo. – Tá legal,
Anne. Eu não sei cozinhar.
- Deixa que eu assuma isso. – digo indo a direção do
fogão. – O que estava tentando fazer?
- Ovo. – diz ela com uma voz tão baixa que parecia um
sussurro.
Quero rir, mas
pela cara de Anne, acho que seria errado. Porém, não consigo segurar e tenho
que colocar a mão em minha boca, e só sai um riso abafado.
“Ha Ha” consigo ouvir mais um riso sarcástico de
Margaret.
Quando terminamos de tomar o café da manhã eu e Margaret
nos sentamos ao sofá e ficamos vendo TV.
- Mais tarde você me ajuda a escolher a roupa para meu
encontro com Tyler? – Margaret pergunta e acaba me lembro sobre o encontro dela
com o Tyler hoje a noite.
- Claro – respondo – Seu primeiro encontro precisa ser
perfeito.
- Como foi o seu?
- Meu primeiro encontro?
- Exato.
- Uh, bom... Foi meio inesperado. – digo.
- Ah, vamos lá conta! – insistiu.
- Tá legal... – digo revirando os olhos. – Bom....
Começou com Cameron me acertando com uma bola na cabeça.
Margaret ri. E eu
continuo com minha história.
“Ele me encontrou andando pelas ruas e pediu uma chance
para se redimir. Era óbvio que eu fiquei desconfiada, só podia ser um encontro.
Ele me levou até uma lanchonete realmente muito legal, porém ele começou falar
coisas que ouvira sobre essa casa e eu fiquei um pouco assustada, mesmo sabendo
que ela já era assombrada. Ele me convidou para um segundo encontro no mesmo
dia, e foi ai que eu soube que ele realmente tinha a intenção de um encontro
bem no começo. Ele me levou á um lugar lindo e conversamos.”
- Uau – disse ela.
- Eu sei, não foi tão bem assim.
Ela apenas dá
outra risada e voltamos a assistir TV.
O resto do dia passou bem devagar, já que quando deu três
horas, Margaret me fizera escolher a roupa para seu encontro que era ás sete. Mas isso me fez lembrar que Margaret precisa
de no mínimo quatro horas para se arrumar.
Depois de longas quatro horas arrumando Margaret, ela finalmente
ficou feliz com sua aparência depois de mudar sua roupa mais de dez vezes e se maquiando
pelo menos umas 10 vezes. Margaret se olhava no espelho do meu quarto, que eu
encontrara uma rachadura que desaparecera no segundo dia. Ela estava colocando o colar de coruja que
Tyler dera a Margaret no dia que se conhecerem. Não sei como Tyler sabia que ela amava corujas.
Margaret sempre amou corujas. Mas acho que ela tem medo de uma verdadeira. Ela
só gosta de camisetas, pingentes, saias, ou seja lá o que mais possam fazer de
coruja.
- Estou pronta! – disse ela.
Logo quando ela
disse isso um carro buzina na frente da nossa casa e eu olho pela Janela.
- Já vai! – grito e me viro para Margaret – Vai lá e
arrasa
Margaret dá um sorriso e balança a cabeça em
concordância.
Ouço-a descer escadas apressadamente e olho á janela e
vejo Margaret saindo da varanda de casa e Tyler abrindo a porta do carro a ela.
Mesmo que eu esteja feliz por Margaret, também estava preocupada. E se fosse
Tyler que tenha feito todos aqueles ataques? Mas naquela noite quando vi o
assassino, porém o físico era diferente do de Tyler. Talvez ele não só
trabalhasse com uma pessoa. Não poderia confiar muito em ninguém.
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