quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capítulo 17 {Walking To A Trap}


Capítulo 17: Walking to a Trap.

Agora minha cabeça estava cheia de perguntas. Tudo ficava mais confuso a cada segundo. Quero dizer, tudo que eu entendi foi: Os Conley eram trigêmeos e não gêmeos. Elisa nunca morreu. Os Conley não eram nada inocentes como parecia e quem mataram eles foi Emma.
Únicas perguntas respondidas.  Eu tinha que resolver isso o mais rápido possível e quem poderiam ter essas respostas era Elisa.

Fico parada em frente de uma casa ao lado da padaria. Não sei se deveria passar por lá, quero dizer, eu matei o pai dela, ela provavelmente me odeia. Bom, não é literalmente pai dela, mas ainda era pai dela. Ah, você entendeu.
Respiro fundo e vou à direção da padaria e entro. 
Elisa iria provavelmente me cumprimentar, até vê quem era que estava parada em frente ao caixa.
– Elisa, precisamos conversar. – Digo em um tom bastante sério.
– Sobre meu pai? – diz ela nada surpresa – Não se preocupe, ele era só um psicopata. Quando tinha sua idade, estava com uma autoestima muito baixa, então só pedissem que as garotas bonitas que implicavam comigo sumissem. – disse ela fazendo uns gestos exagerados com a mão quando ela disse a palavra sumissem – Não sabia que ele realmente iria fazer isso.
– Uh, então tá tudo bem? – Pergunto como se eu fosse uma garotinha de cinco anos com medo de um monstro no armário.
– É claro que sim, bobinha. – disse ela sorrindo para mim. – Falando nisso, você quer sair comigo?
– S-sair? – gaguejo.
– Sim! Sair! – disse ela com um enorme sorriso. – Bom você não pode beber ainda, é claro. Mas eu conheço um shopping fora da cidade que é maravilhoso! Podemos fazer compras lá, e talvez ir ao cinema... Oh, eu pago!
    O Jeito que Elisa disse, foi como Margaret. Meu coração doeu quando eu pensei em Margaret. Apenas faço que sim com a cabeça e ela dá outro sorriso.
- Ok, então, vamos no meu carro. – disse ela dando uma piscadela.
    
Eu realmente não sabia se Elisa realmente sabia de algo, mas tudo me fez pensar que não. Eu segui Elisa até o carro e ela fechou a padaria. Tinha uma placa escrita “Estamos de Luto” na porta da padaria que eu não tinha percebido antes.
– E desculpa por faltar o trabalho...
– Não se preocupe. – disse ela.
    “Você não vai mais precisar” eu juro que foi o que ela sussurrou. Ou eu estava paranoica. Quando me virei, vi uma garota na esquina, Emma. Emma continuava com a sua mesma aparência assustadora que eu vira tantas vezes que nem mais me dava um pingo de medo. Emma fazia que não com a cabeça, ela queria me alertar algo. Eu sabia que Elisa ia tentar algo, mas eu tinha que descobrir o que era. Eu tinha que me arriscar.
- Elisa... – me viro para ela – Precisamos ir a minha casa, preciso pegar minha bolsa.
- Tudo bem. – ela concorda e tira a chave do carro da bolsa.

Chegamos a minha casa, e eu não sabia o que colocar em minha bolsa. Eu queria por algo que pudesse me defender, mas nada grande cabia na bolsa.
Uma faca. Uma faca é o que preciso. Uma enorme faca de cozinha. É isso.
Ouço Elisa buzinar lá fora.
– Já vou – grito.
   Pego rapidamente minha bolsa que estava em cima do sofá e pego uma faca de cozinha e a coloco depressa.
– Até que enfim. – diz Elisa que me viu trancando a porta da casa.
   Entro no carro bastante desconfortável.
– Você está bem?
   Balanço a cabeça concordado.
– Então vamos lá. – diz ela em meio que um tom ameaçador.
   Coloco o cinto de segurança e Elisa aperta o volante com força. Ela se olha no espelho e damos a partida.

Elisa ficou concentrada apenas na pista. Nada aconteceu agora, mas quanto mais nada acontecia, mais com medo eu ficava. Eu não podia saber se era um bom sinal ou não.
Me virei para Elisa e ela deu um sorriso meio sinistro.
– Estamos quase lá. – ela meio que cantarolou.
  Engulo a seco e apenas balanço a cabeça para frente. Estava perto, muito perto...
Mas em um movimento inesperado, Elisa agarrou a minha bolsa e puxou o freio de mão. Saiu o carro às pressas e fiz o mesmo.
 – Uma faca, sério? – disse Elisa segurando minha faca em sua mão. – Ou você está muito traumatiza, ou você sabia... – disse ela admirando a faca em sua mão. – Emma, não é? Não foi ela que te contou.
– Você sabe sobr...
– Sonho com ela todas as noites.  – diz ela me interrompendo. – Todos os sonhos diferentes... Ela sempre me torturando...
  Tento dizer algo, mas sou interrompida novamente.
– Eu sempre consegui o amor dos meus pais, sempre. Eu a fiz... – ela se interrompe. – Você vai morrer sabendo exatamente nada!
  Grita ela indo a minha direção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário