segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Capítulo 13 {You Are Afraid?}


Capítulo 13: You are afraid?

O que aconteceu? Sinto-me consciente agora, porém estou cansada e com muita dor para abrir os olhos. Percebo que estou sendo arrastada pelo chão duro e frio da casa de Cameron. Alguém está me arrastando pelas pernas. Cameron fez isso. Ele matou Margaret.
– Você teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde. – disse uma voz familiar. A Pessoa que estava me arrastando disse.
– Eu não queria ter feito isso nunca! – ouço a voz de Cameron, que acho que estava apenas acompanhando quem estava me arrastando.
– Ela é má, Cameron, você sabe disso. – disse a voz familiar de novo.
– Ela não é! Ela é diferente! – disse Cameron gritando.
   Minha cabeça continuava a latejar de dor e por causa dela eu não conseguia reconhecer a outra voz. Eu sabia, eu sei que conheço essa voz. Fico fazendo de tudo para reconhece-lá e consigo. Denis, pai de Cameron.
Mesmo que eu podia está com a aparência de morta por fora, eu estava chocada e apavorada por dentro. A Pessoa que golpeou a menina uns dias atrás era o pai de Cameron. E por que Cameron estava envolvido nisso? Porque o pai dele disse que eu sou má?
– Ela não é má, pai – disse Cameron gritando novamente. – Você que é um PSICOPATA LOUCO!
   Paro de ser arrastado e ouço o barulho de alguém cair no chão.
– Dá próxima vez quebro seu Nariz. – ouço o pai de Cameron dizer. Teria ele batido no Cameron?
   Ouço Cameron se levantar e resmungar algo baixo.
– Porque arrastar ela? – disse Cameron – dá mais trabalho!
– Tem razão...
   E eu fico inconsciente novamente.

Onde estou agora? Abro os olhos, porém está tudo escuro e de olhos abertos e olhos fechados não fazia diferença alguma. Como meu sonho...
Tento me mover, porém estou amarada com alguma coisa que machuca meus pulsos e minha perna também está amarrada. Minha boca com um pano me impedindo de gritar por ajuda.
Com esforço consigo sentar e observo o lugar, não adianta, não consigo ouvir nada. Escuto um barulho alto de chuva e de repente um relâmpago que iluminou o local que eu estava. O Porão.
Com ajuda dos relâmpagos eu conseguia ver algumas coisas, não muito bem, mas conseguia. Consegui ver uma mesa cheia de ferramentas que eu sabia que Denis ou Cameron usaria para me matar.  Em todos que desconfiei logo no que confiei me traiu. Uma coisa eu entendi, no dia em que conheci o pai de Cameron, ele ficou com raiva e não largava o meu pulso por causa de seu pai. E Cameron... Ele que matou todas as meninas da minha idade. Isso é um fato, ninguém iria com um velho, bom só aquela garota que eu vi uns dias atrás, mas todo mundo sabe como não pode confiar neles. Sequestro, estupro... A única saída era Cameron, que seduzia as garotas de sua idade. E eu fui uma delas...
Ouço um rangido vindo da porta do porão. O porão tinha uma longa escada, que levava há uma porta e que eu não sabia em qual cômodo da casa levava. Jogo-me no chão e finjo continuar inconsciente.
Alguém abre a porta e está descendo as escadas. A cada degrau, fazia um chato rangido e apenas me deixava mais desesperada.
– Eu sei que você está acordada – ouço a voz de Denis. Ele se aproxima de mim e eu abro os olhos, não tinha como eu fingir mais. Ele sobe em cima de mim e acaricia meu rosto e meu olhar é de nojo. – Você é muito linda sabia? Por isso você não precisa continuar viva...
  Balanço minha cabeça para fazê-lo parar de acariciar meu rosto e tudo que eu recebo é um grande tapa na cara.
– Fica quieta, vadia! – ele rosna.
  Estou perdida.
– Espera aqui... – diz ele se levantando de mim e indo a direção da porta.
  Os relâmpagos estavam caindo quase toda hora, me facilitando vê o que há pelo porão. Com muito esforço consigo levantar, e usar as mãos que estavam amarradas uma nas outras para soltar o pano que havia em minha boca.  Eu não iria gritar isso faria eu morresse antes mesmo que alguém me ouvisse. Dou pulinhos até a mesa de ferramentas vejo algo que poderia me ajudar, pego um pequeno canivete que tava lá e com a boca e tento cortar a fita prateada que prendia minhas mãos uma com as outras. Estava funcionando, não muito bem, mas estava. Tava sendo um procedimento muito lento. Denis poderia entrar por aquela porta a qualquer minuto. Então me apreço, como isso mais rápido, porém apenas de eu consegui cortar a fita, isso me fez cortar a minha mão esquerda.
Tapo a minha boca para não gemer de dor. E penso por uma saída. Pego o canivete e corto a fita adesiva que prendia minhas duas pernas uma na outra. Mas para minha sorte, os relâmpagos param e eu não consigo ver mais nada. Eu deveria ter acendido a luz antes. O único barulho que conseguia ouvir era o da chuva que estava bastante alta. Mas de repente, algo me agarra pelas costas e tampa minha boca, igualmente em meu sonho. A Única diferença é que eu sabia quem estava fazendo isso.

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