Capítulo 13: You are afraid?
O que aconteceu? Sinto-me consciente agora, porém estou
cansada e com muita dor para abrir os olhos. Percebo que estou sendo arrastada
pelo chão duro e frio da casa de Cameron. Alguém está me arrastando pelas
pernas. Cameron fez isso. Ele matou Margaret.
– Você teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde. –
disse uma voz familiar. A Pessoa que estava me arrastando disse.
– Eu não queria ter feito isso nunca! – ouço a voz de
Cameron, que acho que estava apenas acompanhando quem estava me arrastando.
– Ela é má, Cameron, você sabe disso. – disse a voz familiar
de novo.
– Ela não é! Ela é diferente! – disse Cameron gritando.
Minha cabeça
continuava a latejar de dor e por causa dela eu não conseguia reconhecer a
outra voz. Eu sabia, eu sei que conheço essa voz. Fico fazendo de tudo para reconhece-lá
e consigo. Denis, pai de Cameron.
Mesmo que eu podia está com a aparência de morta por
fora, eu estava chocada e apavorada por dentro. A Pessoa que golpeou a menina
uns dias atrás era o pai de Cameron. E por que Cameron estava envolvido nisso?
Porque o pai dele disse que eu sou má?
– Ela não é má, pai – disse Cameron gritando novamente. –
Você que é um PSICOPATA LOUCO!
Paro de ser
arrastado e ouço o barulho de alguém cair no chão.
– Dá próxima vez quebro seu Nariz. – ouço o pai de
Cameron dizer. Teria ele batido no Cameron?
Ouço Cameron se
levantar e resmungar algo baixo.
– Porque arrastar ela? – disse Cameron – dá mais
trabalho!
– Tem razão...
E eu fico inconsciente
novamente.
Onde estou agora? Abro os olhos, porém está tudo escuro e
de olhos abertos e olhos fechados não fazia diferença alguma. Como meu sonho...
Tento me mover, porém estou amarada com alguma coisa que
machuca meus pulsos e minha perna também está amarrada. Minha boca com um pano
me impedindo de gritar por ajuda.
Com esforço consigo sentar e observo o lugar, não
adianta, não consigo ouvir nada. Escuto um barulho alto de chuva e de repente um
relâmpago que iluminou o local que eu estava. O Porão.
Com ajuda dos relâmpagos eu conseguia ver algumas coisas,
não muito bem, mas conseguia. Consegui ver uma mesa cheia de ferramentas que eu
sabia que Denis ou Cameron usaria para me matar. Em todos que desconfiei logo no que confiei
me traiu. Uma coisa eu entendi, no dia em que conheci o pai de Cameron, ele
ficou com raiva e não largava o meu pulso por causa de seu pai. E Cameron...
Ele que matou todas as meninas da minha idade. Isso é um fato, ninguém iria com
um velho, bom só aquela garota que eu vi uns dias atrás, mas todo mundo sabe
como não pode confiar neles. Sequestro, estupro... A única saída era Cameron,
que seduzia as garotas de sua idade. E eu fui uma delas...
Ouço um rangido vindo da porta do porão. O porão tinha
uma longa escada, que levava há uma porta e que eu não sabia em qual cômodo da
casa levava. Jogo-me no chão e finjo continuar inconsciente.
Alguém abre a porta e está descendo as escadas. A cada
degrau, fazia um chato rangido e apenas me deixava mais desesperada.
– Eu sei que você está acordada – ouço a voz de Denis.
Ele se aproxima de mim e eu abro os olhos, não tinha como eu fingir mais. Ele
sobe em cima de mim e acaricia meu rosto e meu olhar é de nojo. – Você é muito
linda sabia? Por isso você não precisa continuar viva...
Balanço minha
cabeça para fazê-lo parar de acariciar meu rosto e tudo que eu recebo é um
grande tapa na cara.
– Fica quieta, vadia! – ele rosna.
Estou perdida.
– Espera aqui... – diz ele se levantando de mim e indo a
direção da porta.
Os relâmpagos
estavam caindo quase toda hora, me facilitando vê o que há pelo porão. Com
muito esforço consigo levantar, e usar as mãos que estavam amarradas uma nas
outras para soltar o pano que havia em minha boca. Eu não iria gritar isso faria eu morresse
antes mesmo que alguém me ouvisse. Dou pulinhos até a mesa de ferramentas vejo
algo que poderia me ajudar, pego um pequeno canivete que tava lá e com a boca e
tento cortar a fita prateada que prendia minhas mãos uma com as outras. Estava
funcionando, não muito bem, mas estava. Tava sendo um procedimento muito lento.
Denis poderia entrar por aquela porta a qualquer minuto. Então me apreço, como
isso mais rápido, porém apenas de eu consegui cortar a fita, isso me fez cortar
a minha mão esquerda.
Tapo a minha boca para não gemer de dor. E penso por uma saída.
Pego o canivete e corto a fita adesiva que prendia minhas duas pernas uma na
outra. Mas para minha sorte, os relâmpagos param e eu não consigo ver mais
nada. Eu deveria ter acendido a luz antes. O único barulho que conseguia ouvir
era o da chuva que estava bastante alta. Mas de repente, algo me agarra pelas
costas e tampa minha boca, igualmente em meu sonho. A Única diferença é que eu
sabia quem estava fazendo isso.
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