Capítulo 15: I Don't Understand
Cameron me taca no chão e me deixa imóvel como no porão.
Ele sobe em cima de mim me impedindo de me mover. O machado que estava em minha
mão caiu quando eu cai e Cameron o chuta com o pé e para em baixo da mesa da
cozinha, longe do meu alcance.
– O que você fez com ele?! – diz Cameron com uma voz que
nunca ouvira antes, que me deu até medo.
– Morreu! Ele está
morto agora, Cameron. MORTO! – Cuspo as palavras com veneno. Eu poderia morrer
agora, mas eu queria que ele sentisse dor, a mesma dor do que a minha quando perdi
Margaret.
Cameron me
encara com um olhar cheio de raiva e ódio e eu senti que ele queria me cortar
em milhares de pedacinhos. Cameron levanta o punho e eu apenas fecho os olhos,
mas o impacto nunca aconteceu. Cameron socou o chão com força e saiu em cima de
mim. Minha cara estava surpresa e assustada. Cameron se sentou ao chão e
colocou as mãos no rosto.
- Eu não sei o que fazer! – gritou Cameron acho que
chorando – Ele sempre me fez fazer isso, desde os 14... E agora, ele morreu. Eu
deveria está feliz?
Levanto-me e
sento no chão ao lado de Cameron, cautelosa, caso ele tentasse algo.
Coloco minha mão sobre o seu ombro, como uma forma de
consola-lo.
– Vai ficar tudo bem, Cameron – digo. Cameron tira as
mãos do rosto e olha para mim. – Acabou, Cameron. Você está livre.
Cameron me abraça
para minha surpresa e eu apenas apoio minha cabeça em seu ombro.
– Cameron, onde estão os corpos das vítimas? – digo calmamente.
– Naquele lugar que te levei no segundo encontro.
Enterrados. – diz ele.
Sinto o meu
corpo gelar, ele teria me levado á um cemitério em nosso segundo primeiro
encontro? É claro, o lugar era lindo, mas era um cemitério de corpos nunca
achado. Afasto-me do abraço de Cameron e ele estava triste.
– Cameron, precisamos ligar para polícia. – ele apenas
concorda com a cabeça.
A Casa estava rodeada de polícias, eu estava sentada em
uma viatura com um casaco que um dos polícias me arranjara. Eu continuava
molhada e cheia de sangue. Quando liguei, os polícias ficaram apavorados quando
viram o meu estado. Eles acharam que eu que era a assassina e que eu própria me
entreguei para a polícia. Um grupo de polícias foram escavar os corpos,
enquanto os outros ficaram nos fazendo pergunta, querendo saber cada detalhe. O
policial me contara que Cameron estava mentalmente perturbado. Ele disse que
Denis o fez fazer isso desde os 14, dizendo para eles que as meninas que
matavam eram más. Quando o policial disse isso, eu me lembrei de quando estava
sendo arrastada e Denis dissera “Ela é má, Cameron, você sabe disso.”. Cameron
não queria matar, ele estava sendo usado. Então eu me lembrei de uma coisa, ele
disse que o que fazia, era um desejo de sua filha, Elisa. Saio da viatura e
corro em direção de uns polícias.
– Ah, Oi, Anne – disse o oficial. – Cameron terá que
passar um tempo em uma reabilitação, para ele entender as coisas.
– O que? – digo triste.
– Sinto muito, Anne, mas logo ele estará de volta. –
disse o oficial tentando ver o lado bom da coisa.
Com o que o policial
disse sobre Cameron, me fez esquecer de dizer sobre Elisa. Então eu falo:
– Senhor policial, Denis disse que só fez isso por um
desejo de sua filha, que é Elisa.
O policial me
olhou um pouco surpreso, mas sua expressão já tinha voltado ao normal.
– Quando Elisa tinha 15 anos, não gostava de meninas
bonitas, porque eram mais bonitas que ela. Talvez ela tenha pedido para o pai
se livrar delas, mas acho que não funcionou, já que as meninas de sua idade
deveriam ter medo dele. Então quando Cameron fez 14, talvez ele colocasse o
plano para funcionar naquela época. Denis ama Elisa mais do que qualquer coisa.
Quando o policial
terminara de falar, eu apenas o encarei, tentando analisar tudo. Elisa era a
culpada da história? Ela talvez, não teria dito sério, mas o pai achou, não é?
Eu não podia acreditar nessa história. Estava tudo confuso demais para a minha
cabeça. Logo todo mundo parou para ver o outro grupo de polícias que chegaram.
Corro em direção de um que acabara de pisar no gramado.
– Achou o corpo de Margaret? – pergunto
– Sim, achamos. – disse ele. – Achamos o corpo de todas
as meninas que desapareceram.
– Que bom. – digo. – E o de Elisa?
– De quem? – diz o policial confuso.
– Elisa, a garota que morreu há 20 anos a trás, no qual
vocês disseram que foi suicídio! – quase berro com o Policial.
O Policial fez
uma cara de confuso, mas logo se lembrou.
– O Corpo de Elisa nunca foi achado naquela época. Também
pensamos que poderia está lá, mas não tinha. – o Policial explicou – O Corpo de
Elisa era para está apenas os ossos, mas as maiorias dos corpos estavam
começando a se decompor ou estavam se decompondo. E mais um nó na minha cabeça.
Eu sonhei com isso, mas, e se não fosse Denis que levou? E se fosse outra
pessoa? O que eu faria agora? Outro policial chegou perto de mim e me entregou
um celular.
– É seu pai, ele já sabe de tudo. – disse ele me dando o
celular, eu pego e ele sai.
– Alô?
– Filha! Pelo o amor de deus, você está bem?
– Sim, pai, não se preocupe, eu estou viva. Ao contrário
da Margaret. – digo triste.
– Eu sinto muito, eu não deveria ter saído daí nunca. Eu
estou voltando, por parte da manhã ou na madrugada eu Chego ai. Se cuida,
quando eu chegar eu quero você me responda tudo.
– Claro pai. Cuidado. Beijos. – em seguida ele desliga o
celular.
Entrego o celular
para o mesmo policial e entro na casa dos Groovers. Eu não conseguia pensar
direito e tava muito barulho lá fora. Eu não estava conseguindo entender nada,
e tudo ficou tão confuso para mim. Paro em uma frente em uma porta que estava
escrito “Quarto de Elisa” em cores coloridas. Cameron me disse que Elisa tinha saído
de casa faz um bom tempo. Abro a porta do quarto e entro. O Quarto era todo
cor-de-rosa e tinha várias fotos por todos os lados. Mas uma me chamou a
atenção. E se eu tava confusa antes, agora eu estou mais que isso. A Foto era
de Elisa aos cinco anos de idade e era exatamente a parte que faltava quando
peguei a foto de Ethan há uns dias atrás. Elisa que me Assombra e Elisa minha
chefa eram as mesmas pessoas.
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