Capítulo 4: Cameron acting weird.
Chego em casa e coloco a mochila no sofá. Ainda não tinha
nenhum sinal de meu pai. Onde é que ele se meteu?
Dou um passo
para trás assustada quando vejo uma mulher, de longos cabelos castanhos, me
observar pela janela de casa. Ela era real?
Sinto uma
pressão me jogar ao chão e caio com tudo de costas. O Que diabos foi isso?
Levanto-me do
chão e volto olhar para a janela; A Mulher sumira.
Olho para os
dois lados e não vejo nenhum sinal da Mulher. Por que essas coisas só acontecem
comigo, afinal? Pego o meu celular da mochila e ligo para Cameron.
– Alô? Anne?
– Cameron,
aconteceu algo muito estranho.
– O que houve?
– Eu acho que não foi uma pessoa viva que
tacou aquela pedra na minha porta.
As últimas horas foram Cameron chegando na minha casa e
me fazendo explicar sobre Emma e o que ocorrera agora. Ele não parecia nada bem
quando eu lhe contei.
– Então ela não se foi? – ele me perguntou.
– Sim,
ela se foi. Eu não sei quem era aquela mulher da Janela.
– Você
tem certeza que ela era... Digamos... Um fantasma?
– Absoluta.
– Mas
por que essas coisas só acontecem com você?
– Também gostaria de saber – digo suspirando. –, Mas acho que quer minha ajuda.
– Ajuda?
– Sim. Como Emma quis.
– Então, desde que você ajudou Emma, os
fantasmas confiam em você?
– Eu
sei lá! – digo – Eu achava que sim, mas quando você falou isso em voz alta,
pareceu ridículo.
– Mas e se for?
– O que?
– E se eles realmente querem sua ajuda?
– Bom eu não sei...
– Isso tá muito confuso... – disse Cameron
andando de um lado para o outro da sala.
– Ei, relaxa. Eu já lidei com isso antes.
– É, eu sei, mas e se virem mais? A Cada
problema que você resolver?
– Eu não tinha pensando nisso...
– É claro que não tinha! – disse Cameron
ainda andando de um lado para o outro.
– Cameron, se acalma. Senta um pouco – digo
colocando a mão no ombro de Cameron.
Cameron e senta e dá um suspiro.
– Hoje a noite iremos à floresta – disse ele
decidido –, te encontro aqui mais tarde.
– Por quê?
– Quanto mais cedo resolvemos esse problema,
melhor.
Eu concordo com a cabeça.
Fico olhando ao relógio a cada minuto que passa. Cameron
marcou para chegar 20h30min e agora é 20h50min. Ele está atrasado.
Ouço a porta se
abrir violentamente.
– Cheguei,
desculpe o atraso. – disse ele carregando uma mala e a colocando no sofá – Tive
que enrolar minha mãe para eu poder sair de casa.
– Pra que essa
mala?
– Ah, vamos
acampar.
– Acampar?
– Sim – disse
ele abrindo a mala –, acampar.
– Mas por que
iremos acampar? – digo um pouco enjoada da palavra “acampar”
– Bom, se
ficamos lá, essa noite, talvez, consigamos mais progresso.
Eu balanço a
cabeça concordando mesmo que não concordasse. Senti um arrependimento ao contar
para Cameron sobre essas coisas. Ele ficou muito paranoico com isso.
– Como você
conseguiu enrolar sua mãe?
– Simples,
disse que ia acampar com o Tyler.
Fazia bastante
tempo que não via Tyler desde o acidente com Margaret.
– Vamos? –
disse ele colocando a alça da mala em seu ombro.
– Vamos.
Chegamos a um meio da floresta de trás da minha casa e
Cameron começou a montar a barraca. Eu tentei ajudá-lo, mas ele disse que
queria fazer isso sozinho.
– Foi o maior erro
de sua vida ter ajudado aquela garota – resmungou Cameron.
– Por que
exatamente?
– Depois eu te
explico. – disse ele terminando de armar a barraca. – Pronto.
– Vou procurar
madeira para fazer uma fogueira. – disse ele andando para o outro lado da
floresta – Fica ai.
Sento-me a uma
pedra e apoio meu queixo em minha mão. Fico observando a silenciosa floresta,
exceto pelo grilo.
Já se passou uns 20 minutos e ainda não vi sinal de
Cameron. Por que ele está demorando tanto. Assim que me levanto da pedra, ouço
alguém gritar, gritar socorro. A Voz não era de Cameron e sim de uma menina.
Corro pela floresta seguindo o som.
A Cada passo
que dava, escutava o grito ficar mais alto. O Pedido era cada vez mais
desesperador e eu sentia que seja lá quem estava gritando, estava prestes a
morrer.
Quando parei em
uma parte da floresta, fiquei confusa de onde vinha o grito. Agora parecia vir
de todas as direções.
– Cadê você? –
pergunto, mas não obtive resposta. – Eu posso ajudar!
Mas os gritos
continuavam mais altos e minha cabeça estava começando a doer.
Vejo com o canto
do olho, uma mulher com um vestido branco correndo e berrando por ajuda. Um
cara com um terno preto a perseguia..
– Ei! – digo
correndo na direção deles.
Era como se eles
não conseguissem me ver, mas eu os via. Eles nem repararam que eu estava
correndo atrás deles. Eles ficaram mais rápidos e eu estava quase os perdendo
de vista.
– Espera ai! – grito
para eles me ouvirem, mas só ignoraram minha presença.
Começo a correr
mais rápido, porém dou um encontrão com Cameron. Ambos caímos no chão com tudo.
– Droga, Anne,
eu disse para você esperar!
– Mas você
demorou e eu ouvi um grito...
– Ouviu um
grito?
– Você não?
– Droga – disse
ele dando um tapa na testa – que burro que eu sou!
– Você não tem
culpa que só eu possa ouvir.
– Você viu de
onde os gritos vieram? – disse ele ignorando o que eu disse.
– Sim, eu vi uma
mulher correndo de um cara, eu os persegui, mas me esbarrei em você.
– Tá legal,
vamos voltar para a barraca. – disse ele
Levantamos e vamos à direção da
barraca.
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