quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Capítulo 8 {Margaret Is Back}


Capítulo 8 {Margaret Is Back}

Foi um dia comum e não foi realmente difícil trabalhar aqui. Aqui é fácil e o salário é ótimo, sem contar que por causa dele, passo menos tempo em casa. Esse é um trabalho dos sonhos. 
– Cameron! – posso ouvir Elisa dizer.
Saio da sala dos funcionários e vejo Elisa e Cameron se abraçando e eu apenas aceno para Cameron.
– Anne, você está trabalhando aqui? – perguntou Cameron.
– Sim, comecei hoje. – respondo.
– Então, Cameron, você quase nunca vem aqui, qual é o motivo? – pergunta Elisa.
– Ah, Elisa, seu irmão não pode visitar sua irmã?
– Desde quando você me visita? – Disse ele surpresa. – Agora diga logo porque você tá aqui.
– Tá legal. Meu pai queria que eu te trouxesse isso aqui. – disse ele pegando algo do bolso.
Ele pegou uma pequena caixinha preta e quando Elisa abriu, não parou de gritar.
– Ai meu deus, como ele sabia que eu queria? – disse ela colocando o colar escrito “Angel” prateado no pescoço.
– Ele viu você vendo ele na vitrine. Ele quis te dar o presente antes do seu aniversário de 25 anos. – disse Cameron mexendo no cabelo – ele ficou triste por não poder te dá pessoalmente. Mas ele é bastante ocupado e você também.
– Não me importa, eu realmente amei. – disse ela correndo para a sala dos funcionários.
– Oi – disse Cameron para mim.
– Oi – eu respondo de volta.
Ele dá um sorriso pra mim.
– E vocês pombinhos, nada de namorico na minha padaria – ouvimos Elisa gritar da sala dos funcionários.
Antes que eu me desse conta, Cameron me deu um selinho e deu um sorriso:
– Ela não pode me dizer o que fazer. – disse ele.
Eu dou um sorriso de volta.

Meu turno finalmente terminou e estou nas ruas indo em direção á casa. Olho ao meu relógio e vejo que são 6h05min e ainda tava um pouco cedo pra mim, já que as maiorias das atividades paranormais acontecem no meio da noite. Chego à varanda da minha casa e dou um longo suspiro antes de abrir a porta e a abro. Quando abro vejo várias caixas espalhadas pela nossa casa e vejo o meu pai carregando uma delas.
– Vamos nos mudar de novo? – pergunto.
– Oh, não. É que eu achei uma porta atrás da casa que eu não tinha visto antes e tava cheia dessas tralhas. – disse ele colocando a caixa no sofá.
Sento-me ao sofá e abro uma das caixas. Lá tinha fotos, da família que morreu aqui. Pego uma das fotos e vejo os dois gêmeos nela. Vejo atrás da foto e tá escrito “Ethan & Elisa” o que deu para entender que esse é o nome deles. É engraçado o fato de que Elisa é o nome da minha chefa e eu acho que ela acharia engraçado se soubesse que ela tem o nome de uma menina assassinada que me assombra. Pego outra foto, porém essa era só do menininho Ethan, ela estava rasgada e dava pra perceber que faltava Elisa nela porque deu pra ver um pouco de sua mão no canto rasgado.
– Dá pra acreditar que tudo isso cabe em um pequeno quartinho? – diz ele se jogando ao sofá. – Estou morto. Nem sei o que vou fazer com isso.
– Queimar? – digo.
Mas logo me arrependo das palavras porque vejo a mãe dos gêmeos me encarando e isso me apavora. Ela tinha o mesmo rosto costurado que eu vira na menina e no menino.
– Uh, Pai? Olha ali – aponto para o lugar no qual a mulher estava.
Ele olha e percebe que não a nada, e eu percebo também. Ela sumiu.
– O que era exatamente para eu está olhando? – ele me pergunta.
– Esquece – digo.
– Enfim, queimar parece uma boa idei...
– Péssima ideia! – digo.
– Mas a ideia foi sua. – ele parece totalmente confuso.
– E-exato! Agora que eu percebi, a família não iria gostar que outra pessoa chegasse aqui e queimasse seus pertences, não é mesmo?
– Uh, eu sei lá – diz ele. – Talvez eu deixe naquele quarto mesmo. E trazer tudo pra cá foi em vão.
   Não foi tão em vão porque eu nunca iria saber o nome dessas crianças, mas eu não posso contar isso a ele. Quem sabe mais tarde dou uma olhada  nessas caixas e consigo ver se acho algo que pode me ajudar a saber onde tá o corpo de Elisa.
– Eu vou tirar uma soneca. – Disse meu pai indo à direção das escadas. – Mais tarde eu tiro isso daí.
  Sento ao sofá e pego outra caixa. Tiro um ursinho de pelúcia branco com os olhos de bolinha de gude preta e isso só me lembra de Elisa, a menina que vira no banheiro.
 Escuto alguém bater na porta e me levanto para ver. Não me lembro de ninguém que iria vir. A Não ser que meu pai convidou alguém e eu não to sabendo. Abro a porta e sou surpreendida com alguém se jogando aos meus braços. Mas só foi perceber o cabelo ruivo brilhante que eu já sabia que era Margaret.
– Achei que você só viria daqui alguns dias! – digo e Margaret deixa de me abraçar.
– Eu sei! Mas minha mãe deu uma de ser boazinha e me deu dinheiro pra vir antes e ainda ficar duas semanas aqui! – ela diz dando gritinhos de felicidade.
Agora eu e ela estamos dando gritos afeminados e pulando pela sala inteira. Quando finalmente paramos de gritar como duas patricinhas, Margaret se depara com as caixas espalhada pela sala:
– O que é toda essa tralha?
– Ah, só umas coisas que meu pai achou da antiga família que morava aqui. – Eu digo.
– Uh, não importa. O que realmente importa é que eu estou com você! – diz ela com um grande sorriso. – Você está namorando alguém?
Ela mudou rapidamente de assunto e isso fez minhas bochechas corarem.
– Você está namorando alguém! – disse ela animada.
Margaret me conhece como ninguém.
– Sim, eu estou. Mas vamos pular a parte dos gritinhos? A Última me deixou com um pouco de dor de cabeça.
– Eu não acredito! Minha melhor amiga tem um namorado! – disse ela dando seus gritinhos.
– O que eu disse sobre os gritinhos?
– Ah me desculpe, mas eu mal posso acreditar que você conseguiu um namorado aqui nessa cidadezinha e não conseguiu em uma cidade grande como a Califórnia! – disse ela continuando com seus gritinhos – Ele tem um amigo solteiro?
– S-sim, tem. Mas eu não sei se é solteiro. – digo.
Margaret começou a berrar com seu grito agudo.
– Eu quero conhecer ele! – disse ela.
– Conhecer quem? O meu namorado ou o amigo do meu namorado? – pergunto.
– Os dois! Mas mais o amigo do seu namorado! – disse ela continuando com seus gritinhos – Qual é o nome dele?
– Do meu namor...
– Do amigo do seu namorado! – ela me interrompeu.
– Uh, claro. É Tyler.
– Vamos conhecê-lo agora! – disse Margaret pegando o meu pulso e me arrastando em direção a porta.
– Calma ai! – eu grito, mas ela não me responde e continua a me arrasta para fora de casa.

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