Chego em casa ainda com os pensamentos do que ocorrera
mais cedo. Não só como o quase beijo, mas também sobre os assassinatos ou algo
assim.
Quando fecho a porta atrás de mim, vejo que meu pai não
está. Por um minuto sinto que vi um vulto com o canto do olho e olho depressa.
Nada. Respiro fundo e dou os passos até a cozinha, vejo um bilhete lá. Essa
hora estava rezando que ele não tenha saído com Violet e só pudesse voltar
amanhã ou a madrugada. Respirei fundo e li o bilhete
“Querida Anne, fui á mercearia para comprar algo para a
janta, não se preocupe, logo estarei de volta.
- Com amor, pai.”
Sinto-me mais leve e calma, dou outro suspiro e vou á
sala. A TV estava ligada no canal local que não era muito bom, estava passando
o noticiário que comentara algo sobre um assassinato. Sentei-me ao sofá interessada na notícia.
Ocorrerá um
assassinato agora a pouco, mais ou menos 25 minutos, em uma floresta de
Skygrooove. O Garoto assassinado se chamava Andy Herris que vinha acompanhado
de Lillian Garcia que desaparecera. Os policias encontraram sangue no meio da
floresta de Lillian e Andy, insinuando que poderiam ter matá-lo e sequestrado à
garota. Um caso semelhante a esse acontecera á dois dias a trás com Jennel Rish
que desaparecera e encontraram sua amiga Susan Diamond morta enforcada
pendurada em uma árvore. A Polícia não consegue encontrar pistas do caso, mas
os parentes das vitimas disseram que ambos Lillian e Jennel saíram para se
encontrar com um menino que chamara ao um encontro. Aqui é repórter Alicia
Burth dando a notícia. E vocês garotas entre 15-16 anos, cuidado.
A matéria acabou e começou a passar uma matéria sobre os
aumentos dos preços. Eu me encostei-me ao sofá e suspirei. “Garotas entre 15-16
anos, cuidado.” Passou pela minha cabeça. Eu tenho 16 anos, e se isso caso
acontecesse comigo? Bom, eu não estou em nenhum encontro. Ai meu deus! Eu estou
em um encontro, eu realmente ESTOU em
um encontro. Quero dizer, eu não estou mais, mas eu estou praticamente
“namorado” se chegamos a isso. Mas Cameron não podia fazer isso certo? Quero
dizer, se o pai dele soubesse o tataraneto ou o bisneto do fundador dessa
cidade, soubesse, Cameron estaria morto. Ele tem medo demais do seu pai e
porque diabos estou pensando nisso? Eu agora estou imaginando coisas. Eu
simplesmente tenho um problema maior do que esse, quero dizer, estou em uma
casa assombrada. Literalmente assombrada.
Vejo a porta se abrir e quase dou um berro que e me
escondo de baixo do sofá, mas percebo que é só o meu pai.
– Cheguei querida – ele fecha a porta com o pé enquanto
segurava uma sacola de compras – como foi o seu dia?
– Bem. - digo.
– É verdade que você está saindo com o Cameron? – diz ele
que me faz engasgar com a minha própria respiração.
– Não, eu... Uh... Como você sabe? – digo gaguejando e
tropeçando nas palavras.
Ele deu apenas uma risadinha e disse:
– Querida, você não pode me esconder nada – disse ele
enquanto colocava a sacola no balcão – Mas... Um passarinho chamado Denis
Grooover me contara quando o encontrei na padaria.
– O pai de Cameron? – perguntei.
– Exato! – disse ele – Me ajude arrumar as compras,
querida.
Levanto e o ajudo a arrumar.
Onde estou? E percebo que estou parada na frente da sala.
Mas ela parecia muito mais nova, o sol brilhava lá fora e dando um brilho lindo
a casa. Ela parecia menos assustadora agora. Fico tentando me lembrar de como
vim parar aqui e logo me lembrei de que eu tinha dormido. Estava em um sonho.
Quando penso dar um passo a frente, vejo um garotinho
correndo pela sala e nem me notara. Já deu pra perceber que era um dos gêmeos.
Na cozinha, tinha uma pequena menina loira, a mesma que vira no banheiro, só
que ela estava sem aquelas coisas horrível na cara e seus olhos estavam azuis.
Ela estava desenhando em cima da mesa da cozinha e reclamava mandado seu irmão
parar de correr. Eles eram exatamente iguais, tirando pelo cabelo curto do
menino. Quando me aproximei da menina na cozinha, ela nem notara, dei uma
olhada em seu desenho que fez arrepiar o pelo dos meus braços. O desenho era da
família inteira, mas elas estavam mortas. Observando o desenho melhor, vira que
havia mais alguém ali bem despercebido fugindo dentro da casa. Não havia o
corpo da própria menininha, apenas o do irmão e dos pais. Quando olhei pra
outra pessoa que não reconhecera, dava pra notar que ela carregava algo, e
tinha um pé saindo pra fora. Veio-me a conclusão de que eles não se suicidaram
e sim foram assassinados, e pelo visto, alguém roubou o corpo da menininha.
Logo levanto da cama assustada, será que esse tempo todos
eles só queriam me avisar algo? Coloco a mão na minha testa e vejo que estou
suando frio. Tomo respirações profundas e tento voltar a dormir. Mas essa
história apenas se repetia em minha cabeça. Eles não descansaram em paz porque
só podiam se tivesse o corpo da menininha. Ou pele menos era o que eu achava.
Estou na cozinha indo pegar um copo de suco quando meu
celular apita. Por incrível que pareça, é uma mensagem de Cameron.
“Preciso te encontrar. Desculpa por ontem. Podemos nos
encontrar no mesmo lugar de ontem?”
Quando termino de ler a mensagem, a única coisa que fica
na minha cabeça é: Como ele conseguira meu número? Eu realmente não se lembrava
de ter dado a ele.
“Claro. Que horas?” respondo. Ainda estava estranhando o
fato de ele ter meu número. Logo sou respondida com uma mensagem dizendo para
encontrá-lo daqui meia-hora.
Pego um copo do armário e vou à geladeira pegar o jarro
de suco. Quando despejo o suco no meu copo, ele se move sozinho. O Suco molha todo o balcão e o copo se
encontra cinco centímetros mais longe quando eu despejei o suco. E quando tento
pegar o copo, ele se move novamente. Eles não me deixariam em paz se não
soubesse o que acontecesse com o corpo da menina que nem sei o nome. Dou um
suspiro e berro:
– Me deixem em paz! Eu só tenho 16 anos e se nem os
policiais descobriram, como você acha que eu
vou descobrir?
Nenhuma
resposta.
Estou andando pelo caçada indo ver Cameron, logo consigo
ver Cameron olhando ao relógio.
Quando ele me vê dá um aceno.
– Oi – Digo – Como é que você...
– Meu pai conseguiu com o seu. – ele me interrompeu.
– Ah – digo.
– Bom, eu sinto muito por ontem Anne, sinto muito mesmo.
– diz ele com arrependimento na voz.
– Não se preocupe. Você já me desculpou umas 100 vezes.
– Eu sei é que...
– Deixa pra lá. Está tudo bem. – eu o interrompo.
Cameron me comprara um sorvete no meio do caminho
enquanto andávamos. Conversamos sobre bastantes coisas, como sua família, Tyler
e outras coisas.
– Você conhecia uma das garotas que foram assassinadas
essa semana? – pergunto.
Cameron parece ter ficado um pouco nervoso.
– Bom... todas. Todos conhecemos um aos outros – ele
disse – Mas quem eu realmente conhecia era Andy.
Ele pareceu realmente triste.
– Eu e Tyler o conhecíamos. Era nosso amigo.
– Ah, eu realmente sinto muito.
– Não precisa – disse ele – é claro que eu e Tyler
ficamos abalado, mas Andy estava diferente, estava agindo estranho nessas
semanas. Acho que ele sabia de algo.
Enquanto caminhávamos Cameron começou a ficar estranho e
parecia um pouco nervoso quando viu alguém encostado em um carro preto.
– Vamos dar o fora daqui – disse ele.
– Mas por quê? – eu perguntei.
Cameron não me respondeu apenas me pegou pelo pulso e
tentou me puxar para longe dali. Mas a pessoa que estava no carro já chegara
perto da gente.
– Filho, não quer me apresentar sua namorada? – disse o
que eu acho que é pai de Cameron. Porque ele não queria que eu falasse como seu
pai? Olhei pra Cameron que tinha ódio em seus olhos castanho.
– Pai, agora não dá. – disse Cameron que continuava com
os mesmos olhos – temos que ir, não é mesmo, Anne?
Antes que eu pudesse me responder o Pai de Cameron o
próprio começou a falar:
– Ah, fique um tempo – O pai de Cameron sorriu pra mim –
eu adoraria conhecer essa linda garota.
Dei um sorriso meio sem graça até que Cameron me puxara
para trás dele e colocasse seu braço na minha frente como uma barreira entre
ele e seu pai.
– Cameron, podemos falar um segundo em particular? –
disse o pai de Cameron.
– Claro – Cameron se virou pra mim – fique aqui, e não
aceite nenhum convite dele.
Quando ele disse isso, fiquei imaginando qual era o
problema. O pai de Cameron não parecia ser “severo” como ele dissera. Vejo
Cameron e o pai dele conversarem, não conseguia ouvir. Cameron parecia bastante
irritado e o seu pai também. Eles pareciam está discutindo.
– Eu não irei fazer isso! – disse Cameron bastante alto.
Consegui ler à boca do pai dele mandando o calar à boca.
Eles pareciam estar ambos irritados, até que finalmente pararam. Ambos vieram a minha direção e Cameron
continua irritado.
– Conversei com Cameron – disse o pai de Cameron sorrindo
pra mim – e pensamos em levá-la para visitar nossa casa.
Cameron não disse nada. Continuava irritado, ele pegou
meu pulso e estava o segurando com força, como se não quisesse que ninguém me
tirasse dele.
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