sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Capítulo 5 {The Dream}


Chego em casa ainda com os pensamentos do que ocorrera mais cedo. Não só como o quase beijo, mas também sobre os assassinatos ou algo assim.

Quando fecho a porta atrás de mim, vejo que meu pai não está. Por um minuto sinto que vi um vulto com o canto do olho e olho depressa. Nada. Respiro fundo e dou os passos até a cozinha, vejo um bilhete lá. Essa hora estava rezando que ele não tenha saído com Violet e só pudesse voltar amanhã ou a madrugada. Respirei fundo e li o bilhete

“Querida Anne, fui á mercearia para comprar algo para a janta, não se preocupe, logo estarei de volta.
                              - Com amor, pai.”

Sinto-me mais leve e calma, dou outro suspiro e vou á sala. A TV estava ligada no canal local que não era muito bom, estava passando o noticiário que comentara algo sobre um assassinato.  Sentei-me ao sofá interessada na notícia.

Ocorrerá um assassinato agora a pouco, mais ou menos 25 minutos, em uma floresta de Skygrooove. O Garoto assassinado se chamava Andy Herris que vinha acompanhado de Lillian Garcia que desaparecera. Os policias encontraram sangue no meio da floresta de Lillian e Andy, insinuando que poderiam ter matá-lo e sequestrado à garota. Um caso semelhante a esse acontecera á dois dias a trás com Jennel Rish que desaparecera e encontraram sua amiga Susan Diamond morta enforcada pendurada em uma árvore. A Polícia não consegue encontrar pistas do caso, mas os parentes das vitimas disseram que ambos Lillian e Jennel saíram para se encontrar com um menino que chamara ao um encontro. Aqui é repórter Alicia Burth dando a notícia. E vocês garotas entre 15-16 anos, cuidado.

A matéria acabou e começou a passar uma matéria sobre os aumentos dos preços. Eu me encostei-me ao sofá e suspirei. “Garotas entre 15-16 anos, cuidado.” Passou pela minha cabeça. Eu tenho 16 anos, e se isso caso acontecesse comigo? Bom, eu não estou em nenhum encontro. Ai meu deus! Eu estou em um encontro, eu realmente ESTOU em um encontro. Quero dizer, eu não estou mais, mas eu estou praticamente “namorado” se chegamos a isso. Mas Cameron não podia fazer isso certo? Quero dizer, se o pai dele soubesse o tataraneto ou o bisneto do fundador dessa cidade, soubesse, Cameron estaria morto. Ele tem medo demais do seu pai e porque diabos estou pensando nisso? Eu agora estou imaginando coisas. Eu simplesmente tenho um problema maior do que esse, quero dizer, estou em uma casa assombrada. Literalmente assombrada.

Vejo a porta se abrir e quase dou um berro que e me escondo de baixo do sofá, mas percebo que é só o meu pai.
– Cheguei querida – ele fecha a porta com o pé enquanto segurava uma sacola de compras – como foi o seu dia?
– Bem. - digo.
– É verdade que você está saindo com o Cameron? – diz ele que me faz engasgar com a minha própria respiração.
– Não, eu... Uh... Como você sabe? – digo gaguejando e tropeçando nas palavras.
Ele deu apenas uma risadinha e disse:
– Querida, você não pode me esconder nada – disse ele enquanto colocava a sacola no balcão – Mas... Um passarinho chamado Denis Grooover me contara quando o encontrei na padaria.
– O pai de Cameron? – perguntei.
– Exato! – disse ele – Me ajude arrumar as compras, querida.
Levanto e o ajudo a arrumar.


Onde estou? E percebo que estou parada na frente da sala. Mas ela parecia muito mais nova, o sol brilhava lá fora e dando um brilho lindo a casa. Ela parecia menos assustadora agora. Fico tentando me lembrar de como vim parar aqui e logo me lembrei de que eu tinha dormido. Estava em um sonho.
Quando penso dar um passo a frente, vejo um garotinho correndo pela sala e nem me notara. Já deu pra perceber que era um dos gêmeos. Na cozinha, tinha uma pequena menina loira, a mesma que vira no banheiro, só que ela estava sem aquelas coisas horrível na cara e seus olhos estavam azuis. Ela estava desenhando em cima da mesa da cozinha e reclamava mandado seu irmão parar de correr. Eles eram exatamente iguais, tirando pelo cabelo curto do menino. Quando me aproximei da menina na cozinha, ela nem notara, dei uma olhada em seu desenho que fez arrepiar o pelo dos meus braços. O desenho era da família inteira, mas elas estavam mortas. Observando o desenho melhor, vira que havia mais alguém ali bem despercebido fugindo dentro da casa. Não havia o corpo da própria menininha, apenas o do irmão e dos pais. Quando olhei pra outra pessoa que não reconhecera, dava pra notar que ela carregava algo, e tinha um pé saindo pra fora. Veio-me a conclusão de que eles não se suicidaram e sim foram assassinados, e pelo visto, alguém roubou o corpo da menininha. 

Logo levanto da cama assustada, será que esse tempo todos eles só queriam me avisar algo? Coloco a mão na minha testa e vejo que estou suando frio. Tomo respirações profundas e tento voltar a dormir. Mas essa história apenas se repetia em minha cabeça. Eles não descansaram em paz porque só podiam se tivesse o corpo da menininha. Ou pele menos era o que eu achava.

Estou na cozinha indo pegar um copo de suco quando meu celular apita. Por incrível que pareça, é uma mensagem de Cameron.
“Preciso te encontrar. Desculpa por ontem. Podemos nos encontrar no mesmo lugar de ontem?”
Quando termino de ler a mensagem, a única coisa que fica na minha cabeça é: Como ele conseguira meu número? Eu realmente não se lembrava de ter dado a ele.
“Claro. Que horas?” respondo. Ainda estava estranhando o fato de ele ter meu número. Logo sou respondida com uma mensagem dizendo para encontrá-lo daqui meia-hora.

Pego um copo do armário e vou à geladeira pegar o jarro de suco. Quando despejo o suco no meu copo, ele se move sozinho.  O Suco molha todo o balcão e o copo se encontra cinco centímetros mais longe quando eu despejei o suco. E quando tento pegar o copo, ele se move novamente. Eles não me deixariam em paz se não soubesse o que acontecesse com o corpo da menina que nem sei o nome. Dou um suspiro e berro:
– Me deixem em paz! Eu só tenho 16 anos e se nem os policiais descobriram, como você acha que eu vou descobrir?
   Nenhuma resposta.

Estou andando pelo caçada indo ver Cameron, logo consigo ver Cameron olhando ao relógio.
Quando ele me vê dá um aceno.
– Oi – Digo – Como é que você...
– Meu pai conseguiu com o seu. – ele me interrompeu.
– Ah – digo.
– Bom, eu sinto muito por ontem Anne, sinto muito mesmo. – diz ele com arrependimento na voz.
– Não se preocupe. Você já me desculpou umas 100 vezes.
– Eu sei é que...
– Deixa pra lá. Está tudo bem. – eu o interrompo.

Cameron me comprara um sorvete no meio do caminho enquanto andávamos. Conversamos sobre bastantes coisas, como sua família, Tyler e outras coisas.
– Você conhecia uma das garotas que foram assassinadas essa semana? – pergunto.
Cameron parece ter ficado um pouco nervoso.
– Bom... todas. Todos conhecemos um aos outros – ele disse – Mas quem eu realmente conhecia era Andy.
Ele pareceu realmente triste.
– Eu e Tyler o conhecíamos. Era nosso amigo.
– Ah, eu realmente sinto muito.
– Não precisa – disse ele – é claro que eu e Tyler ficamos abalado, mas Andy estava diferente, estava agindo estranho nessas semanas. Acho que ele sabia de algo.

Enquanto caminhávamos Cameron começou a ficar estranho e parecia um pouco nervoso quando viu alguém encostado em um carro preto.
– Vamos dar o fora daqui – disse ele.
– Mas por quê? – eu perguntei.
Cameron não me respondeu apenas me pegou pelo pulso e tentou me puxar para longe dali. Mas a pessoa que estava no carro já chegara perto da gente.
– Filho, não quer me apresentar sua namorada? – disse o que eu acho que é pai de Cameron. Porque ele não queria que eu falasse como seu pai? Olhei pra Cameron que tinha ódio em seus olhos castanho.
– Pai, agora não dá. – disse Cameron que continuava com os mesmos olhos – temos que ir, não é mesmo, Anne?
Antes que eu pudesse me responder o Pai de Cameron o próprio começou a falar:
– Ah, fique um tempo – O pai de Cameron sorriu pra mim – eu adoraria conhecer essa linda garota.
Dei um sorriso meio sem graça até que Cameron me puxara para trás dele e colocasse seu braço na minha frente como uma barreira entre ele e seu pai.
– Cameron, podemos falar um segundo em particular? – disse o pai de Cameron.
– Claro – Cameron se virou pra mim – fique aqui, e não aceite nenhum convite dele.
Quando ele disse isso, fiquei imaginando qual era o problema. O pai de Cameron não parecia ser “severo” como ele dissera. Vejo Cameron e o pai dele conversarem, não conseguia ouvir. Cameron parecia bastante irritado e o seu pai também. Eles pareciam está discutindo.
– Eu não irei fazer isso! – disse Cameron bastante alto.
Consegui ler à boca do pai dele mandando o calar à boca. Eles pareciam estar ambos irritados, até que finalmente pararam.  Ambos vieram a minha direção e Cameron continua irritado.
– Conversei com Cameron – disse o pai de Cameron sorrindo pra mim – e pensamos em levá-la para visitar nossa casa.
Cameron não disse nada. Continuava irritado, ele pegou meu pulso e estava o segurando com força, como se não quisesse que ninguém me tirasse dele.

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