segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Capítulo 7 {Meet Elisa}


Capítulo 7 {Meet Elisa.}

Sinto-me segura pra sair atrás do poste e é exatamente o que faço. O Ar tá mais gelado que antes e minha respiração é uma fumaça branca. Estou tremendo de frio, enquanto ando pelas calçadas indo á direção de minha casa. Mesmo que minha casa seja assombrada, ela é mais segura que aqui.  Se você perceber melhor, os espíritos – até agora – não fizeram nenhum mal á mim. Quando eu cortei meu dedo no espelho, foi porque eu que toquei. E os cactos de vidros, fui eu que pisei, eles não foram tacado diretamente a mim. Então, como meu pai sempre me disse quando eu era pequena e tinha medo à noite “Tenha medo dos vivos, não dos mortos” e agora eu percebo que isso faz sentindo.  Consigo perceber minha casa, que está agora com todas as luzes acesas, ao contrário de antes. Abro a porta pra vê se meu pai chegou e nenhum sinal dele. Respiro fundo e vou direção ao meu quarto.

02h37min da manhã e nada do sono vir. Fico deitada, olhando para o teto tentando entender porque essa cidade é tão esquisita. Vai ver que a cidade é pequena, não dão muita importância daqui e por isso os crimes são maiores. E também, aqui não é nenhuma cidade muito rica, e não tem pessoas com coisas de realmente muito valor, mas uns dias atrás vi muito IPhone 5 por aqui e eu acabo ficando confusa. A Maioria das pessoas mais velha que vejo na rua usam roupas antigas e baratas, as casas são simples e bastante antigas, mas os jovens vestem roupas caras, e sem contar seus IPhones. Que lugar esquisito.

Acordo com meu celular apitando e vejo que a mensagem é de um número desconhecido.
“Anne, aqui é Elisa da padaria Delissie, gostaria de falar com você sobre a oferta de emprego”.
Elisa era o nome da minha futura chefa ou não.  Levanto-me da cama e dou uma olhada no quarto. Está tudo no lugar. Vou ao quarto do meu pai e vejo que ele ainda está dormindo, e pelo seu despertador, vejo que ainda são 7h12min da manhã. Desço as escadas e olho novamente para ver se está tudo normal. Nada continua fora do lugar. Vou á cozinha e preparo um café pra mim, não vou agora à padaria, achei um pouco cedo demais, e também um pouco cedo demais para responder a mensagem de Cameron. Quando sinto o café em meus lábios, ouço um barulho. Um barulho de uma pancada. Coloco meu café no balcão e escuto o barulho de novo. Ele vem da lavanderia do quintal dos fundos. Abro a porta com minhas mãos tremendo e vejo que era só a máquina de lavar que estava fazendo o barulho. Não sabia que meu pai tinha colocado roupa para lavar. Talvez quando chegou em casa. Suspiro de alívio e quando vou direção á porta, tropeço no tapete e caio. Que tapada que sou. Enquanto estou levantando, vejo que embaixo do tapete á um piso de madeira. O Piso da lavanderia não é de madeira, é de mármore. Porque diabos só uma parte do piso é de madeira? Levanto-me e tiro o tapete, e vejo que aquilo que eu pensara ser um piso não era um piso e sim um alçapão. Ajoelho-me a frente do alçapão e quando penso em abri-lo, vejo meu pai gritar meu nome.
– Já vou! – grito de volta enquanto recoloco o tapete no alçapão.

– O que foi? – pergunto.
– Não te vi em nenhum lugar da casa, fiquei preocupado.
– Ah, me desculpe, é que eu escutei um barulho vindo da lavanderia e eu fui ver o que era.
– E o que era?
– Só a máquina de lavar.
– Estranho...
– Por quê?
– Não me lembrava de ter ligado ela ontem á noite. – e meu corpo gela quando ele termina de dizer essas palavras.
Ele não tinha ligado à máquina, e isso significa que nem eu e nem ele ligamos, outra pessoa ligou. E eu tenho uma leve impressão de que não fora realmente uma “pessoa”.
– Foi você que ligou? – ele me perguntou.
– Uh, sim. – minto. Se eu dissesse a verdade, ele não acreditaria.
– Hm, então tá. – ele respondeu.

Entro na padaria e logo me dou de cara com Elisa, que estava atendendo um cliente.
– Ah, Anne, você veio! – disse ela com um sorriso.
Se ela estava sorrindo, acho que significava que eu fui contratada, não é? Ou ela apenas estava sorrindo pra me consolar algo do tipo?
– Ótimas notícias – disse ela com aquele sorriso do tipo das patricinhas que fingem ser sua amiga e depois sabotam seu vestido lindo ou coisa e tal – você está contratada!
– I-Isso é ótimo! – digo gaguejando de felicidade.
– Aqui – disse ele estendendo a mão com o meu uniforme. – Você pode se trocar no banheiro dos funcionários que fica na sala dos funcionários. 

Então começarei meu turno hoje, já que ela já disse pra eu me trocar, era tudo o que podia significar. Ou talvez ela só quisesse que eu visse se o uniforme cabia direito em mim. Termino de me vestir e saio do banheiro, e dou uma olhada na sala dos funcionários. Já estivera aqui antes pra preencher minha ficha de trabalho, mas não percebi que tinha umas fotos penduradas nela. As fotos eram de Elisa entre 12 até sua idade atual com a família, mas eu percebo que nas fotos eram o Pai e a Mãe de Cameron. Até Cameron mais novo e atualmente estavam em algumas fotos. Paro de ver as fotos quando Elisa entrou na sala.
– Olha, ficou perfeitamente bem em você – disse ela se referindo ao uniforme. – seu turno começa hoje.
  Disso eu já sabia.
– Conhece Cameron? – eu pergunto apontado para uma das fotos.
– Ah, ele é meu irmão postiço. – disse ela, e isso me fez ficar bastante em choque. – Sou por parte de pai. Minha mãe engravidou nova e morreu nova também, então ele cuidou de mim, até ele se casar de novo. E juntos tiveram Cameron. Você é namorada dele, certo?
– É eu acho. – respondo com incerteza.
– Como assim, você acha?
– É que não sei se chegamos a esse status. – digo me confundindo com o que eu mesma dissera.
Elisa dá uma pequena risada.
– Acho que você já chegou a esse “status”. Cameron não para de falar de você.
  Isso me chocou. Porque dá última vez que fui lá, ele realmente não ficou muito feliz em que eu respondesse perguntas sobre mim quando seus pais me perguntavam.
– Enfim, de qualquer modo, você tem que trabalhar agora. Não é porque você é quase da família agora que eu vou pegar leve com você. – disse Elisa.
– Ah, claro. – digo indo á direção da porta.

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