Capítulo 7 {Meet Elisa.}
Sinto-me segura pra sair atrás do poste e é exatamente o
que faço. O Ar tá mais gelado que antes e minha respiração é uma fumaça branca.
Estou tremendo de frio, enquanto ando pelas calçadas indo á direção de minha
casa. Mesmo que minha casa seja assombrada, ela é mais segura que aqui. Se você perceber melhor, os espíritos – até agora
– não fizeram nenhum mal á mim. Quando eu cortei meu dedo no espelho, foi porque
eu que toquei. E os cactos de vidros, fui eu que pisei, eles não foram tacado
diretamente a mim. Então, como meu pai sempre me disse quando eu era pequena e
tinha medo à noite “Tenha medo dos vivos, não dos mortos” e agora eu percebo
que isso faz sentindo. Consigo perceber
minha casa, que está agora com todas as luzes acesas, ao contrário de antes.
Abro a porta pra vê se meu pai chegou e nenhum sinal dele. Respiro fundo e vou
direção ao meu quarto.
02h37min da manhã e nada do sono vir. Fico deitada,
olhando para o teto tentando entender porque essa cidade é tão esquisita. Vai
ver que a cidade é pequena, não dão muita importância daqui e por isso os crimes
são maiores. E também, aqui não é nenhuma cidade muito rica, e não tem pessoas
com coisas de realmente muito valor, mas uns dias atrás vi muito IPhone 5 por
aqui e eu acabo ficando confusa. A Maioria das pessoas mais velha que vejo na
rua usam roupas antigas e baratas, as casas são simples e bastante antigas, mas
os jovens vestem roupas caras, e sem contar seus IPhones. Que lugar esquisito.
Acordo com meu celular apitando e vejo que a mensagem é
de um número desconhecido.
“Anne, aqui é Elisa da padaria Delissie, gostaria de
falar com você sobre a oferta de emprego”.
Elisa era o nome da minha futura chefa ou não. Levanto-me da cama e dou uma olhada no quarto.
Está tudo no lugar. Vou ao quarto do meu pai e vejo que ele ainda está
dormindo, e pelo seu despertador, vejo que ainda são 7h12min da manhã. Desço as
escadas e olho novamente para ver se está tudo normal. Nada continua fora do
lugar. Vou á cozinha e preparo um café pra mim, não vou agora à padaria, achei
um pouco cedo demais, e também um pouco cedo demais para responder a mensagem
de Cameron. Quando sinto o café em meus lábios, ouço um barulho. Um barulho de
uma pancada. Coloco meu café no balcão e escuto o barulho de novo. Ele vem da
lavanderia do quintal dos fundos. Abro a porta com minhas mãos tremendo e vejo
que era só a máquina de lavar que estava fazendo o barulho. Não sabia que meu
pai tinha colocado roupa para lavar. Talvez quando chegou em casa. Suspiro de
alívio e quando vou direção á porta, tropeço no tapete e caio. Que tapada que
sou. Enquanto estou levantando, vejo que embaixo do tapete á um piso de
madeira. O Piso da lavanderia não é de madeira, é de mármore. Porque diabos só
uma parte do piso é de madeira? Levanto-me e tiro o tapete, e vejo que aquilo
que eu pensara ser um piso não era um piso e sim um alçapão. Ajoelho-me a
frente do alçapão e quando penso em abri-lo, vejo meu pai gritar meu nome.
– Já vou! – grito de volta enquanto recoloco o tapete no
alçapão.
– O que foi? – pergunto.
– Não te vi em nenhum lugar da casa, fiquei preocupado.
– Ah, me desculpe, é que eu escutei um barulho vindo da
lavanderia e eu fui ver o que era.
– E o que era?
– Só a máquina de lavar.
– Estranho...
– Por quê?
– Não me lembrava de ter ligado ela ontem á noite. – e meu
corpo gela quando ele termina de dizer essas palavras.
Ele não tinha ligado à máquina, e isso significa que nem
eu e nem ele ligamos, outra pessoa ligou. E eu tenho uma leve impressão de que
não fora realmente uma “pessoa”.
– Foi você que ligou? – ele me perguntou.
– Uh, sim. – minto. Se eu dissesse a verdade, ele não acreditaria.
– Hm, então tá. – ele respondeu.
Entro na padaria e logo me dou de cara com Elisa, que
estava atendendo um cliente.
– Ah, Anne, você veio! – disse ela com um sorriso.
Se ela estava sorrindo, acho que significava que eu fui
contratada, não é? Ou ela apenas estava sorrindo pra me consolar algo do tipo?
– Ótimas notícias – disse ela com aquele sorriso do tipo
das patricinhas que fingem ser sua amiga e depois sabotam seu vestido lindo ou
coisa e tal – você está contratada!
– I-Isso é ótimo! – digo gaguejando de felicidade.
– Aqui – disse ele estendendo a mão com o meu uniforme. –
Você pode se trocar no banheiro dos funcionários que fica na sala dos
funcionários.
Então começarei meu turno hoje, já que ela já disse pra
eu me trocar, era tudo o que podia significar. Ou talvez ela só quisesse que eu
visse se o uniforme cabia direito em mim. Termino de me vestir e saio do
banheiro, e dou uma olhada na sala dos funcionários. Já estivera aqui antes pra
preencher minha ficha de trabalho, mas não percebi que tinha umas fotos
penduradas nela. As fotos eram de Elisa entre 12 até sua idade atual com a
família, mas eu percebo que nas fotos eram o Pai e a Mãe de Cameron. Até
Cameron mais novo e atualmente estavam em algumas fotos. Paro de ver as fotos
quando Elisa entrou na sala.
– Olha, ficou perfeitamente bem em você – disse ela se
referindo ao uniforme. – seu turno começa hoje.
Disso eu já
sabia.
– Conhece Cameron? – eu pergunto apontado para uma das
fotos.
– Ah, ele é meu irmão postiço. – disse ela, e isso me fez
ficar bastante em choque. – Sou por parte de pai. Minha mãe engravidou nova e
morreu nova também, então ele cuidou de mim, até ele se casar de novo. E juntos
tiveram Cameron. Você é namorada dele, certo?
– É eu acho. – respondo com incerteza.
– Como assim, você acha?
– É que não sei se chegamos a esse status. – digo me
confundindo com o que eu mesma dissera.
Elisa dá uma pequena risada.
– Acho que você já chegou a esse “status”. Cameron não
para de falar de você.
Isso me chocou.
Porque dá última vez que fui lá, ele realmente não ficou muito feliz em que eu
respondesse perguntas sobre mim quando seus pais me perguntavam.
– Enfim, de qualquer modo, você tem que trabalhar agora.
Não é porque você é quase da família agora que eu vou pegar leve com você. –
disse Elisa.
– Ah, claro. – digo indo á direção da porta.
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